Matéria a
respeito da campanha em que baseou o Movimento das Fitas Roxas, na Universidade
Estadual do Oeste do Paraná - Campus Francisco Beltrão.
Homens pelo fim da violência contra a mulher
Essa campanha tem o objetivo de
sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da
violência contra a mulher. Suas atividades são desenvolvidas em consonância com
as ações dos movimentos organizados de mulheres e de outras representações
sociais que buscam promover a equidade de gênero , através de ações em saúde,
educação, trabalho, ação social, justiça, segurança pública e direitos
humanos.
Como tudo começou?
No dia 6 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos (Marc
Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Monteral,
Canadá. Ele ordenou que os homens (aproximadamente 48) se retirassem da sala, permanecendo somente as
mulheres. Gritando: “você são todas feministas!?”, esse homem começou a atirar
enfurecidamente e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida,
suicidou-se. O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo
porque não suportava a idéia de ver mulheres estudando engenharia, um curso
tradicionalmente dirigido ao público masculino.
O crime mobilizou a opinião pública de todo o país, gerando
amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência
gerada por esse desequilíbrio social. Assim, um grupo de homens do Canadá
decidiu se organizar para dizer que existem homens que cometem a violência
contra a mulher, mas existem também aqueles que repudiam essa atitude. Eles
elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato
violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa
violência.
Lançaram, assim, a primeira Campanha do Laço Branco (White
Ribbon Campaign): homens pelo fim da violência contra a mulher. Durante o
primeiro ano da Campanha, foram distribuídos cerca de 100.000 laços entre os
homens canadenses, principalmente entre os dias 25 de novembro e 6 de dezembro,
semana que concentra um conjunto de ações e manifestações públicas em favor dos
direitos das mulheres e pelo fim da violência. O dia 25 de novembro foi
proclamado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher
(UNIFEM), órgão das Nações Unidas, como Dia Internacional de Erradicação da
Violência contra a Mulher. O dia 6 de dezembro foi escolhido para que a morte
daquelas mulheres (e o machismo que a gerou) não fosse esquecida.
Trabalhando junto a diversos órgãos das Nações Unidas,
particularmente o UNIFEM, e em parceria com organizações de mulheres, esta
Campanha também foi implementada em diferentes países, ao longo das duas
últimas décadas: na Ásia (Índia, Japão e Vietnã), Europa (Noruega, Suécia,
Finlândia, Dinamarca, Espanha, Bélgica, Alemanha, Inglaterra e Portugal),
África (Namíbia, Quênia, África do Sul e Marrocos), Oriente Médio (Israel),
Austrália e Estados Unidos.
No Brasil, algumas iniciativas começaram a ser delineadas em
1999. Com objetivo de ampliar cada vez mais a rede, em 2001 foi realizado o
lançamento oficial da campanha, promovendo diferentes atividades, entre elas:
distribuição de laços brancos, camisetas e folhetos informativos, realização de
eventos públicos, caminhadas, debates, oficinas temáticas, entrevistas para
jornais e revistas, coleta de assinaturas e termos de adesão à campanha etc.
Essas atividades foram desenvolvidas em parceria com diferentes instituições,
particularmente organizações do Movimento de Mulheres.
Confira sobre o movimento das Fitas Roxas em:
http://direitojuridicoeducacionaparamulheres.blogspot.com.br/2013/11/campanha-violencia-contra-mulher-dia-12.html
Comentários
Postar um comentário