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Mostrando postagens de julho, 2014

É necessário "grande investimento" para acabar com violência contra mulheres

A coordenadora do Observatório de Mulheres Assassinadas, Elizabete Brasil, defendeu nesta quarta-feira um "grande investimento" na prevenção da violência contra as mulheres, considerando que a falha nesta área tem contribuído para a "perpetuação" do fenômeno. Dados divulgados hoje pelo Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA), baseados nos crimes noticiados pela imprensa no primeiro semestre do ano, revelam que 24 mulheres foram assassinadas e 27 foram vítimas de tentativa de homicídio, tendo a maioria sido morta pelos maridos, companheiros ou namorados. Para Elizabete Brasil, também diretora da área de violência de gênero da União de Mulheres Alternativas e Resposta (UMAR), estes números são "alarmantes" e demonstram que o fenômeno da violência contra as mulheres se mantém, o que "leva a questionar as estratégias de prevenção e a forma como todo o sistema responde às situações da violência doméstica". Os dados mostram que, "ano ap

Aplicativo para celular amplia canais para denúncia de violência contra mulher

Com o objetivo de ampliar as plataformas de denúncias de violência contra a mulher, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) lançou um aplicativo para celulare tabet, o Clique 180. A solução, assim como o Ligue 180, permite às mulheres vítimas de violência e às pessoas que testemunharem essas situações, fazer denúncias à Central de Atendimento à Mulher. Desenvolvido pela ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, em parceria com a SPM e apoio da Embaixada Britânica, o Clique 180 atende tanto mulheres em situação de violência, quanto pessoas que não compactuem e queiram ajudar denunciando as agressões. Além do acesso à central da SPM, que recebe denúncias e fornece orientações, o Clique 180 contêm informações sobre os tipos de violência contra as mulheres, dados de localização dos serviços da Rede de Atendimento e sugestões de rota física para chegar até eles. Integram ainda o aplicativo conteúdos como a Lei Maria da Pen

Escritoras criticam violência contra religiões africanas e mulheres negras

Escritoras criticaram a violência contra as mulheres negras e as religiões africanas, na conferência Diálogos Afro-Atlânticos, que abriu o Festival Latinidades. Para escritora moçambicana Paulina Chiziane, as religiões tidas como mundiais presentes na África estão levando ao desmantelamento da identidade africana. Já a escritora brasileira Ana Maria Gonçalves disse que as mulheres são as que mais sofrem com a violência contra a população negra. "A mulher negra é a que mais sofre. Na maioria das vezes é ela que está criando os filhos, sozinha. Ela se torna responsável pela segurança dos filhos, é ela que zela por essa proteção. Ela fica acordada quando o filho sai à noite e ela que dá uma série de recomendações aos filhos", disse a escritora. De acordo com o Mapa da Violência 2014, as principais vítimas de mortes violentas no país são jovens do sexo masculino e negros. “A violência em relação à população negra está tão generalizada que um dos maiores perigos é haver uma natura

Maria da Penha fala sobre a evolução da luta pelo fim da violência contra a mulher

Dados do  5º Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) mostram que, entre 2010 e 2012, os relatos de violência física representaram mais de 55% dos atendimentos realizados pelo  Ligue 180 , a Central de Atendimento à Mulher, criado em 2006 pelo governo brasileiro. Os relatos de violência psicológica (27,6%) e violência moral (11,7%) vêm na sequência, também entre os casos mais comuns reportados. Apesar de não revelarem o panorama completo da situação da violência contra a mulher no país, esses números reforçam a importância de desenvolvermos campanhas de esclarecimento e de mobilização para combater estes e outros tipos de violência. Pensando na importância dessa luta, a campanha das Nações Unidas  O Valente não é Violento  tem como objetivo contribuir para a erradicação da desigualdade de gênero, da discriminação sofrida pela mulheres e, consequentemente, da violência exercida contra elas. Números da violência contra a mulher no Br

O Valente Não É Violento!

O Valente não é Violento” é uma iniciativa dentro da campanha UNA-SE Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres , do Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que conta com o envolvimento de todas as agências da ONU e é coordenada pela ONU Mulheres. Tem como objetivo estimular a mudança de atitudes e comportamentos machistas, enfatizando a responsabilidade que os homens devem assumir na eliminação da violência contra as mulheres e meninas. Desse modo, a juventude da América Latina e do Caribe poderá ter uma vida livre da violência de gênero. Site:          http://www.ovalentenaoeviolento.org.br/

ONG usa filosofia contra violência doméstica

Em uma das salas de uma casa na região de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, um marceneiro, que faz trabalhos artesanais em casa, um zelador, um porteiro, um motorista e fiscal de uma empresa de ônibus se encontram pela segunda vez na vida. Sentados em um círculo, eles conversam por duas horas entre si e com o filósofo e sociólogo Sérgio Barbosa, que media o encontro. Poderia ser apenas mais uma reunião entre amigos, mas não é. O principal assunto é o preferido da maior parte dos homens: a mulher. Mas, diferente de parte das conversas de bar, esses profissionais discutem o papel da mulher e do homem na sociedade atual e tentam, ao longo das 16 sessões que são obrigados a frequentar o grupo, discutir o tema até conseguirem descontruir a ideia do machismo ainda presente neles e na sociedade.  Os quatro participantes chegaram a sede da ONG Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde encaminhados pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher da Barra Funda após terem se env

Senado inaugura exposição sobre os direitos das mulheres

O Senado uniu a comemoração dos 25 anos da Constituição Brasileira e as celebrações do mês da mulher para inaugurar a exposição “As cidadãs e a Constituição: 25 anos de lutas e conquistas no Brasil”. Na solenidade, o presidente do Senado, Renan Calheiros, também assinou acordo de cooperação técnica entre a Casa e a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, a fim de favorecer ações conjuntas na promoção dos direitos das mulheres. O acordo, que contou também com a assinatura da ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, e da diretora-geral do Senado, Doris Marize Romariz Peixoto, traz medidas como promoção de cursos à distância e presenciais na perspectiva de gênero, a serem oferecidos pelo Instituto Legislativo Brasileiro (ILB). Também serão feitas, por meio de parcerias e veiculação nos meios de comunicação, a divulgação e coedição de publicações impressas ou digitais. Notícia  adaptada do site:         

Rio Grande do Sul é exemplo no combate à violência contra mulheres

Estado criou Patrulha da Lei Maria da Penha, Observatório de dados, ampliou número de delegacias especializadas e ganhou elogios do governo e prêmio do BID. Com iniciativas como a Patrulha Maria da Penha, o Observatório de dados e a ampliação da quantidade de delegacias especializadas, o Estado do Rio Grande do Sul tem se tornado exemplo quando o assunto é política de prevenção e enfrentamento da violência contra a mulher, segundo Aparecida Gonçalves, secretária responsável por esse setor da Secretaria de Políticas para Mulheres, do governo federal. De acordo com um levantamento do governo gaúcho que analisou os assassinatos de mulheres em função do gênero, os femicídios, cometidos entre 2006 e 2011, a metade (50,4%) dos casos tem como autor o atual marido ou companheiro; 25,5% são cometidos por ex-companheiros ou ex-maridos; e em 83,48% dos casos, o assassinato ocorre na residência da própria vítima. O estudo apontou ainda que em 41,7% desses casos já havia registros de outros de

Governo brasileiro e ONU Mulheres renovam parceria para o fortalecimento de políticas públicas

A ONU Mulheres, a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) firmaram compromisso de cooperação técnica para o fortalecimento de políticas para as mulheres. O documento foi celebrado entre a ministra Eleonora Menicucci, da SPM; o embaixador Fernando José Marroni de Abreu, diretor da ABC; e a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman. A cooperação técnica foi elaborada para dar suporte à implementação do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e a ações de promoção da igualdade de gênero e racial. “Essa renovação da parceria existente entre o governo brasileiro e a ONU Mulheres possibilitará o apoio à gestão estratégica da SPM e a produção de pesquisas. Esse esforço tem como objetivo fortalecer o empoderamento das mulheres por meio das políticas públicas”, afirma Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres. A parceria se fundamenta em acordos internacionais, entre eles a Plataforma de

Dicionário da violência contra a mulher

Assédio moral ou violência moral : são atos de humilhação, desqualificação, ridicularização que ocorrem de maneira repetitiva, em especial no local de trabalho, como forma de obrigar a trabalhadora ou o trabalhador a pedir demissão. A maioria das pessoas prejudicadas por este tipo de violência são mulheres. Assédio sexual no trabalho : consiste na solicitação de favores sexuais, seja através de atos, conduta verbal, não verbal ou física, baseada em relações assimétricas de poder entre o solicitante e a vítima, criando um ambiente de trabalho hostil, abusivo e ofensivo. Atentado violento ao pudor : é a violência sexual, sem penetração vaginal, mas com a realização de sexo anal ou oral mediante violência ou grave ameaça. Dano : estrago, destruição, discriminação do valor da pessoa ou de objeto. O dano pode ser moral ou material. Denúncia : ato ou efeito de denunciar, ou seja, de levar ao conhecimento de uma autoridade um fato singul

Comissão aprova projeto que facilita denúncia de violência contra a mulher

Está pronto para votação no Plenário do Senado o projeto da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) Mista da Violência contra a Mulher que atribui ao Executivo federal a operação do serviço de atendimento às vítimas deste tipo de violência. O PLC (Projeto de Lei da Câmara) 59, de 2014 foi aprovado na semana passada na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa. Atualmente, a Lei 10.714, de 2003, autoriza o Executivo apenas a disponibilizar, em âmbito nacional, número telefônico destinado a atender denúncias de violência contra a mulher. O serviço é operado pelas delegacias especializadas de atendimento à mulher ou pelas delegacias da Polícia Civil, nos locais onde não exista a especialização. De acordo com o projeto, a operação do serviço será feita pela Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, de responsabilidade da SPM-PR (Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República). A Central de Atendimento à Mulher foi criada em 2005 na