Pular para o conteúdo principal

Lei Maria da Penha pode ser estendida a transexuais e transgêneros

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara está analisando proposta (PL8032/14) que estende o alcance da Lei Maria da Penha para os transexuais e transgêneros que se identifiquem como mulheres.
Transexual é a pessoa que nasce biologicamente com determinado sexo, mas se vê pertencente a outro e cogita fazer tratamentos hormonais e cirurgia para mudar o corpo físico. Já os transgêneros são identificados em diversos grupos, entre eles os travestis.
A Lei Maria da Penha foi aprovada em 2006 e determina que todo caso de violência doméstica e intrafamiliar é crime, devendo ser apurado através de inquérito policial e ser remetido ao Ministério Público. Esses crimes são julgados nos Juizados Especializados de Violência Doméstica contra a Mulher ou, nas cidades em que ainda não existem, nas Varas Criminais.
A autora da proposta, deputada Jandira Feghali, do PC do B do Rio de Janeiro, afirmou que a Lei Maria da Penha já dá essa cobertura, mas, muitas vezes, as interpretações dos juízes não são favoráveis.
"A explicitação protege todos aqueles e aquelas que têm identidade feminina – sejam transexuais ou transgênero –, estejam inseridos igual às mulheres na proteção da Lei Maria da Penha. Então, isso, obviamente, é fundamental que seja feito, o nível de preconceito é muito alto e o risco de elas ficarem completamente sem proteção num momento de violência doméstica e familiar."
A proposta que inclui transexuais e transgêneros na proteção da Lei Maria da Penha ainda vai ser analisada pelas Comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Maria Quitéria

Maria Quitéria nasceu na cidade de Feira de Santana, Bahia, em 1792. Apelidada de “Joana d’Arc brasileira”, Maria Quitéria pediu ao seu pai permissão para se alistar no exército para a luta da independência brasileira. Seu pai disse não e, é claro, ela foi mesmo assim: cortou os cabelos, vestiu as roupas do cunhado, e ficou conhecida como Soldado Medeiros. Seu pai descobriu isso poucas semanas depois, mas o comandante do Batalhão de Maria não deixou que ela fosse embora por ser uma excelente soldada. Após a descoberta trocou o uniforme masculino por saias e adereços. Sua coragem em ingressar em um meio masculino chamou a atenção de outras mulheres, as quais passaram a juntar-se às tropas e formaram um grupo comandado por Quitéria. Lutou em diversas batalhas e sua bravura foi reconhecida ainda em sua época. Com a derrota das tropas portuguesas, em julho de 1823, Maria Quitéria foi promovida a cadete e reconhecida como heroína da Independência. Dom Pedro I deu a ela o título de “Ca

Fôlder Informativo sobre a Lei Maria da Penha

O lado do agressor

Maria da Penha é um nome amplamente conhecido pela população em geral, o fato é incontroverso. Contudo o nome Marco Antonio Heredia Viveros é nome pouco glorificado, anda nas sombras, se fala baixo, se falado aos 4 ventos é sempre em tom ríspido, mal dizendo-o. Este, que muitas vezes não é falado, é o agressor da Maria da Penha, e pela primeira vez concedeu a revista ISTOÉ uma entrevista, contando o seu lado da história, entrevista esta que transcrevemos abaixo na íntegra: "O economista colombiano Marco Antonio Heredia Viveros chega sorrateiro. Pele bronzeada. Sorriso discreto. Testa alongada pela calvície. Puxa uma pequena mala preta de rodinhas apinhada de papéis. Na outra mão, traz uma pasta surrada estilo 007. Caminha de maneira altiva. Sem olhar para o chão. De camisa azul-clara – mangas compridas, poída, quase colada ao corpo – e calça bege, parece em forma. Declara ter 57 anos, apesar de documentos antigos apontarem sete anos a mais. Com sotaque carregado e