Pular para o conteúdo principal

O caminho para a imprescritibilidade do crime de estupro

Esta Proposta de Emenda Constitucional, elaborada no ano de 2016 pelo senador Jorge Viana, altera o inciso XLII do art. 5º da Constituição Federal, tornando os crimes de estupro imprescritíveis e inafiançáveis, assim como o racismo já é. 

A PEC 64/2016 foi aprovada em primeiro turno no Senado, nesta terça feira, dia 9 de maio, faltando ainda mais três turnos no Congresso Nacional, dois na Câmara dos Deputados e mais uma no Senado. Sendo uma PEC é preciso muita burocracia, até porquê é uma alteração na Constituição Federal, que hierarquicamente é o que rege todos os outros códigos brasileiros.

Durante a reunião do Senado, o autor da PEC, senador Jorge Viana, fez a seguinte declaração, de acordo com o site do Senado "— Ficar indiferente a um sofrimento, a uma injustiça, é algo muito grave. Acho que o Senado Federal hoje — e me orgulha estar senador, ser senador, representar o povo do Acre, homens e mulheres — está tomando uma atitude que faz com que nós, senadores e senadoras, possamos dizer que o Senado não está indiferente ao crime do estupro". 
A senadora Licide da Mata afirma que o grande valor da proposta é que a sociedade nunca se esqueça ou perdoe quem comete tal crime, destacou que o nome do senador Jorge Viana entrará para a hitóra brasileira.

Esclarecimento do que seja crimes imprescritíveis:
São crimes que mesmo com o passar do tempo não prescreve, em razão de sua gravidade, ou seja, não tem uma "data de validade" para ser denunciado, desde o momento em que ocorreu. Em razão da agressividade deste crime, a recuperação da vítima é bastante difícil e dolorosa.
Atualmente o crime de estupro tem uma prescrição de 20 anos, casos em que a vítima é um menor de idade este período começa ao completar 18 anos. 



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Maria Quitéria

Maria Quitéria nasceu na cidade de Feira de Santana, Bahia, em 1792. Apelidada de “Joana d’Arc brasileira”, Maria Quitéria pediu ao seu pai permissão para se alistar no exército para a luta da independência brasileira. Seu pai disse não e, é claro, ela foi mesmo assim: cortou os cabelos, vestiu as roupas do cunhado, e ficou conhecida como Soldado Medeiros. Seu pai descobriu isso poucas semanas depois, mas o comandante do Batalhão de Maria não deixou que ela fosse embora por ser uma excelente soldada. Após a descoberta trocou o uniforme masculino por saias e adereços. Sua coragem em ingressar em um meio masculino chamou a atenção de outras mulheres, as quais passaram a juntar-se às tropas e formaram um grupo comandado por Quitéria. Lutou em diversas batalhas e sua bravura foi reconhecida ainda em sua época. Com a derrota das tropas portuguesas, em julho de 1823, Maria Quitéria foi promovida a cadete e reconhecida como heroína da Independência. Dom Pedro I deu a ela o título de “Ca

Fôlder Informativo sobre a Lei Maria da Penha

O lado do agressor

Maria da Penha é um nome amplamente conhecido pela população em geral, o fato é incontroverso. Contudo o nome Marco Antonio Heredia Viveros é nome pouco glorificado, anda nas sombras, se fala baixo, se falado aos 4 ventos é sempre em tom ríspido, mal dizendo-o. Este, que muitas vezes não é falado, é o agressor da Maria da Penha, e pela primeira vez concedeu a revista ISTOÉ uma entrevista, contando o seu lado da história, entrevista esta que transcrevemos abaixo na íntegra: "O economista colombiano Marco Antonio Heredia Viveros chega sorrateiro. Pele bronzeada. Sorriso discreto. Testa alongada pela calvície. Puxa uma pequena mala preta de rodinhas apinhada de papéis. Na outra mão, traz uma pasta surrada estilo 007. Caminha de maneira altiva. Sem olhar para o chão. De camisa azul-clara – mangas compridas, poída, quase colada ao corpo – e calça bege, parece em forma. Declara ter 57 anos, apesar de documentos antigos apontarem sete anos a mais. Com sotaque carregado e