Pular para o conteúdo principal

Mercedes Batista




Primeira bailarina negra do Teatro Municipal, Mercedes Ignacia da Silva Krieger (1921-2014), mais conhecida como Mercedes Batista, foi empregada doméstica, trabalhou em gráfica, fábrica de chapéus para se sustentar a sustentar seu sonho de dançar. Bailarina e coreógrafa é considerada a maior precursora do balé e da dança Afro no Brasil. Nos anos 50 fundou o Ballet Folclórico Mercedes Batista. A carioca ingressou em 1940 na Escola de Danças do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e em 1947 foi selecionada como bailarina profissional. Teve de lidar com o preconceito e discriminação. Nesse mesmo período conheceu o Teatro Experimental do Negro. Em 1960, foi a carnavalesca da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, com tema sobre Quilombo dos Palmares. Em 1969, Mercedes criou, coreografou e dirigiu o espetáculo “Tropicalíssima”, apresentado em Lisboa, Portugal. Ao voltar para o Brasil, fundou o Ballet Folclórico Mercedes Baptista. Ela é tida como a principal responsável pela identidade negra na dança brasileira.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Maria Quitéria

Maria Quitéria nasceu na cidade de Feira de Santana, Bahia, em 1792. Apelidada de “Joana d’Arc brasileira”, Maria Quitéria pediu ao seu pai permissão para se alistar no exército para a luta da independência brasileira. Seu pai disse não e, é claro, ela foi mesmo assim: cortou os cabelos, vestiu as roupas do cunhado, e ficou conhecida como Soldado Medeiros. Seu pai descobriu isso poucas semanas depois, mas o comandante do Batalhão de Maria não deixou que ela fosse embora por ser uma excelente soldada. Após a descoberta trocou o uniforme masculino por saias e adereços. Sua coragem em ingressar em um meio masculino chamou a atenção de outras mulheres, as quais passaram a juntar-se às tropas e formaram um grupo comandado por Quitéria. Lutou em diversas batalhas e sua bravura foi reconhecida ainda em sua época. Com a derrota das tropas portuguesas, em julho de 1823, Maria Quitéria foi promovida a cadete e reconhecida como heroína da Independência. Dom Pedro I deu a ela o título de “Ca

Fôlder Informativo sobre a Lei Maria da Penha

O lado do agressor

Maria da Penha é um nome amplamente conhecido pela população em geral, o fato é incontroverso. Contudo o nome Marco Antonio Heredia Viveros é nome pouco glorificado, anda nas sombras, se fala baixo, se falado aos 4 ventos é sempre em tom ríspido, mal dizendo-o. Este, que muitas vezes não é falado, é o agressor da Maria da Penha, e pela primeira vez concedeu a revista ISTOÉ uma entrevista, contando o seu lado da história, entrevista esta que transcrevemos abaixo na íntegra: "O economista colombiano Marco Antonio Heredia Viveros chega sorrateiro. Pele bronzeada. Sorriso discreto. Testa alongada pela calvície. Puxa uma pequena mala preta de rodinhas apinhada de papéis. Na outra mão, traz uma pasta surrada estilo 007. Caminha de maneira altiva. Sem olhar para o chão. De camisa azul-clara – mangas compridas, poída, quase colada ao corpo – e calça bege, parece em forma. Declara ter 57 anos, apesar de documentos antigos apontarem sete anos a mais. Com sotaque carregado e